domingo, 6 de janeiro de 2013

GOIÁS VELHO

Dando continuidade aos passeios próximos de BSB, vou falar hoje sobre Goiás Velho. Muita gente, mesmo do Centro-Oeste, não conhece essa cidade histórica, que está muito conservada e merece uma visita atenta. Reserve um feriado, pois se trata de uma viagem de 4h e 30 min, longa portanto.

Para conhecer Goiás, são necessários apenas 2 dias, um para a cidade histórica e um para algum passeio natural. Na última vez que eu fui, levamos o meu sogro com sua família e uma amiga e ficamos na Pousada do Ipê, que é uma graça, fica no centro da cidade e tem uma piscina que salva do calor. O sol e o calor nos atrapalharam um pouco, pois era setembro e a cidade não tem muitas árvores, por isso recomendo que vc visite a cidade em uma época de temperatura mais amena, no inverno. Uma boa época para ir lá é na quarta-feira antes da Semana Santa, para assistir à Procissão do Fogaréu, uma festa religiosa cujas fotos são realmente impressionantes.


Em Goiás há vários pontos de interesse. Eu recomendo iniciar a visita caminhando pelas ruas e vendo o casario colonial e suas janelas coloridas.




No fim da manhã, quando o calor apertar, visite a Casa de Cora Coralina. Fica bem ao lado do Rio Vermelho, que corta a cidade. Da rua vc já vê a Cora (um boneco) na janela. É a minha visita preferida da cidade e eu sempre me emociono muito ao ir lá para conhecer a sua história, passear pelo seu quarto, ver seus pertences, sua cozinha, o jardim da casa... Eh um museu realmente bem cuidado. Eu só não gosto da visita guiada, pois a guia fala tudo decorado, como se estivesse apresentando o Jornal Nacional - espontaneidade zero. A visita leva em torno de 1 hora.


Quando o viajante chega na cidade de carro, já se depara com a torre gótica da Igreja do Rosário, que tem um belíssimo jardim em seu patio. Lá é possível comprar artesanato por preços acessíveis.




Próximo à casa de Cora Coralina, fica o Centro de Informação ao Turista. Não é grande coisa, mas é um bom lugar para arrumar um guia, caso necessário. Lá também ficam alguns restaurantes - Goiás não tem muitos, é prático unir o almoço com a visita à Casa de Cora. Não deixe de experimentar o empadão goiano, iguaria goiana com recheio de frango, carne, linguiça, batata, especiarias, tudo junto.

Seguindo pelo lado oposto ao da casa de Cora, fomos à Praça  do Coreto, em que encontramos vários pontos turísticos, como a Igreja da Matriz, o museu de arte sacra da Boa Morte, que é muito em parte dedicado à obra do escultor Veiga Valle e o museu do Palácio Conde dos Arcos, a antiga casa do governo de Goiás, que vale a pena mais pela visita guiada do que pelo conteúdo, que é pequeno. É uma visita de mais ou menos 1 hora. Nessa praça, visitamos várias lojas de artesanato, que destaco, pois eram de boa qualidade, com características próprias e com preços adequados. Nós compramos uma linda almofada com um poema da Cora.




Seguindo pela mesma rua de deu acesso à Praça do Coreto, nós fomos em direção à Praça Brasil Caiado, uma grande e bonita praça, com muitas árvores e onde está localizado o Chafariz de Cauda e a Casa de Cadeia. Eu recomendo visitar esse local no fim da tarde, quando as luzes dos postes antigos estão começando a se acender. Nessa praça tem um restaurante chamado Braseiro, peça para ver o seu fogão à lenha.



Seguindo pela margem do Rio Vermelho, à esquerda da Casa de Cora, há 2 edifícios históricos interessantes, o Hospital (que esta desativado ha pouco tempo) e o Forum. Eu não vou conseguir me lembrar de todos os edifícios interessantes, mas perambulando pela cidade e possível fotografar muitos belos monumentos históricos  principalmente no comercio.



No fim do dia, fechamos com chave de ouro, indo em direção `a Igreja de Sta. Barbara. Para chegar la, e só continuar subindo a rua da Igreja do Rosário  A igreja em si não tem graça nenhuma, mas todo mundo vai curtir o fim de tarde la por causa do lindo por-do-sol e para ter uma boa vista da cidade.




No segundo dia, se o calor permitir contacte o fantástico guia Jose Correia (tel  no CAT) e faca uma visita ao Parque Estadual da Serra Dourada, para curtir lindas paisagens e uma das trilhas mais preservadas e bonitas de todo o Cerrado. Pena que não ha cachoeiras no local, por isso eu recomendo fazer a trilha no fim da tarde. Sao curiosas as formações geológicas do local, com as pedras empilhadas, que ocorrem por erosão do solo ao longo de milhares de anos, expondo as diversas camadas de sedimentação.


Em áreas circunvizinhas `a cidade, ha alguns balneários de rios, mas eu decidi não ir, pois achei que poderia ser meio farofada. Em fins de semana fora de feriado imagino que deva ser tranquilo.

Na volta para BSB, eh muito interessante fazer o caminho por Pirenópolis para aproveitar suas lindas cachoeiras.

Barbada: entrar nos museus no meio do dia, fugindo do calor.

Roubada: ter o azar de pegar a visita guiada com a guia-repórter. 



segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

EMENDAS


Aproveitem para ver as atualizações acerca do turismo em Brasília e Pirenópolis. Em breve vou enriquecer com várias fotos.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

EMENDAS

No texto do litoral norte de Alagoas, fizemos algumas emendas, a partir de novas descobertas que fizemos em dezembro de 2011.

quarta-feira, 9 de março de 2011

PLANEJAMENTO DE VIAGEM

Em vez de falar sobre determinado local, dessa vez decidi falar sobre algumas dicas gerais para o planejamento de viagens de baixo custo no Brasil.


1) A DATA DA VIAGEM É TÃO IMPORTANTE QUANTO O LOCAL ESCOLHIDO: A escolha da viagem deve ser feita de maneira a se escolher ao mesmo tempo o local e a data, pois cada época do ano tem locais que são melhores do que outros. Não adianta escolher um lugar super legal e ir na época errada. Um dos problemas que você pode enfrentar é ir para o lugar escolhido em épocas de chuvas, neve, calor ou frio excessivo. Se vc só pode escolher férias em determinada época, escolha o local baseado no mês em questão. Se vc quer ir a algum lugar específico, escolha suas férias de acordo com a melhor época do local. Não seja teimoso.



2) MARQUE SUAS FÉRIAS PARA O SEGUNDO SEMESTRE: no Brasil, a maioria dos locais tem a sua melhor época no segundo semestre, pois nossos verões são muito chuvosos e, na maioria dos tipos de viagem, a chuva é a maior inimiga do viajante. Há exceções, como as viagens para o cerrado, que podem ser feitas a partir de abril. No Nordeste, deve-se viajar a partir de setembro. Nos lençois maranhenses, a boa época vai de junho até setembro, no máximo.


3) TENTE MARCAR SUA VIAGEM COM ANTECEDÊNCIA para conseguir os melhores preços.


4) EM VIAGENS CURTAS, TENTE NÃO UTILIZAR MAIS DO QUE 2 MEIOS DE TRANSPORTE. Evite gastar o pouco tempo de sua viagem de feriado viajando. Evite deslocamentos terrestres de mais de 300 km.


5) LEVE ROUPAS PARA NO MÁXIMO 15 DIAS. Não leve sua casa nas costas. Vc pode muito bem lavar suas roupas durante a viagem. Não sai tão caro e vc evita dores nas costas. O que não falta por aí são tiazinhas querendo lavar roupa e cobrando preços bem honestos.

6) VIAJE COMPACTO: evite levar mais de 2 mochilas ou malas. É importante ter boa mobilidade.


7) EVITE PEGAR ESTRADA DE TERRA À NOITE: se vc atolar, terá mais dificuldade para conseguir ajuda.


8) EVITE ATALHOS MAL DESCRITOS PELOS MAPAS: na tentativa de chegar mais rápido, vc pode ser levado a estradas em más condições de conservação, que arriscam a vida do viajante.


9) NÃO VÁ A CACHOEIRAS APÓS CHUVAS TORRENCIAIS. Evite as mortais trombas d`água.


10) NO CASO DE VIAGEM PARA LOCAL DE CLIMA DIFERENTE DE ONDE VC MORA, DEIXE PARA COMPRAR AS ROUPAS QUE VC NÃO TEM NO LOCAL DE DESTINO. No Rio de Janeiro, por exemplo, que é uma cidade super quente, é difícil e caro comprar casacos pesados. Em Gramado vc possivelmente encontrará roupas mais em conta e de melhor qualidade, pois há maior disponibilidade e concorrência.


11) ALTERNE MOMENTOS MAIS E MENOS CANSATIVOS: não banque o super atleta, saiba os seus limites.


12) SE HOSPEDE EM ALBERGUES: as grandes redes internacionais tem um padrão de qualidade mínimo com um preço aceitável. Não é aceitável ir para lugares insalubres para economizar.


13) NEGOCIE, MAS NÃO SEJA PÃO-DURO: em muitos lugares é possível abaixar muito os preços de refeições e passeios, particularmente no Nordeste. Mas também não adianta ir a um lugar e não fazer o passeio desejado. Vc vai acabar se arrependendo.


14) EVITE O PINGA-PINGA: explore os lugares em sua plenitude. Gaste mais tempo curtindo do que viajando. Exceto se o prazer está em viajar em si (como em viagens de moto, por exemplo).


15) AMPLIE SEUS HORIZONTES PARA A AMÉRICA DO SUL: nosso continente é lindo e barato.


16) O GPS COMPLEMENTA AS INFORMAÇÕES MAS NÃO SUBSTITUI MAPAS E INFORMAÇÕES COLHIDAS: GPS é tudo de bom, mas vc deve ter o caminho na sua mente para se questionar no caso de falha no equipamento. Pergunte muito para os locais - geralmente vc não irá se arrepender.









terça-feira, 2 de novembro de 2010

PIRENÓPOLIS

Dando continuidade à série sobre o Planalto Central, vamos falar sobre Pirenópolis, uma cidade goiana que fica há 180 km de Brasília. Para chegar lá é bem simples. A partir de Brasília é só pegar a Via Estrutural, em direção a Santo Antônio do Descoberto e, a partir da fronteira com Goiás, ir direto na mesma estrada, que é ruinzinha só na altura de Águas Lindas. Um outro caminho é pela estrada que vai para Goiânia, pegando o desvio para Piri em Abadiânia.  

O primeiro passo fundamental para quem quer conhecer as cachoeiras do Planalto Central é ir na época da seca, em que é garantido que vai haver sol e céu azul. De preferência logo após a época das chuvas, ou seja, a partir de abril, pra não encontrar as cachoeiras muito secas.


Pirenópolis é uma cidadezinha colonial, bonitinha, repleta de pousadas que, infelizmente, não são lá muito baratas, pela proximidade com BSB. As mais caras ficam no centro histórico, por isso para economizar, se vc estiver de carro, compensa ficar mais pra fora desse local. Nós ficamos na pousada Aroeira, que é ótima, confortável, cheia de árvores, uma gracinha, uma pousada cuidada por um simpático casal, que mora no local, na entrada da cidade.
No primeiro dia lá fomos conhecer a reserva ecológica da Vargem Grande, uma propriedade privada que tem 2 cachoeirões, a do Lázaro e a Santa Maria. A primeira é muuuuito agradável, tem uma prainha ao lado do poço, ideal para lagartear. Mas, como temos o bicho carpinteiro, fomos à segunda cachu, que é até mais interessante, porque dá pra ficar atrás da queda d`água. Não é necessário guia para chegar às cachoeiras. Quanto ao local, há placas a partir da cidade sinalizando e é necessário enfrentar alguns km de estrada de terra. As trilhas dentro da propriedade não são difíceis e, como em outros lugares do cerrado, se apresenta com lindas plantas e flores, cuja diversidade eh magnifica. Eu recomendo comprar algum guia botânico para identificar as plantas do caminho.


À noite eh hora de descansar das andanças, mas no caso de haver presença feminina, certamente ninguém vai ficar parado, pois há uma feirinha de artesanato muito interessante na praça principal, com muitas coisas bonitas, principalmente adornos feitos de prata (tradicionais no local), capim dourado vindo do Jalapão e vários tipos de luminárias e outros acessórios para casa. Infelizmente, não eh barato comer e não há restaurantes super charmosos. Mas ninguém passa fome com certeza, ainda mais se vc desviar um pouco para a beira do rio onde ha respeitáveis podrões, que não posso recomendar pq não comi. Outra boa opção é encarar o famoso empadão goiano, uma iguaria típica, que tem recheio de linguiça, frango e outros ingredientes. Um ótimo bate-entope.

No segundo dia, fomos a cachoeira do Rosário, que tem um esquema semelhante ao da Chapada Imperial (vide textos anteriores), com passeio por 2 cahoeiras enormes, com guia, num percurso circular, descendente no inicio e com uma leve subida no fim. O passeio dura o dia inteiro e, ao final, ha um almoção muito responsa, com comida liberada e muito gostosa. Apos a refeição, eh só se esbaldar nas redes que ficam no mezanino, curtindo o pôr-do-sol da regiao, numa vista deslumbrante. Em 2009 pagamos 50 reais por pessoa.

Em outra visita à Pirenópolis, conheci a cachoeira do Abade, que tb tem fácil acesso, no mesmo caminho da fazenda Vargem Grande, só que um pouco mais longe. Ela não tem um bom poco, mas a queda é bonita, bem vertical e tem uma área boa pra pegar sol. A trilha é de fácil acesso. Outras cachoeiras que dizem ser interessantes são as dos Dragões e a Bonsucesso, mas eu ainda não fui.


Mas Piri não tem só cachoeiras. Há um passeio gastronômico muito interessante, para a fazenda Vagafogo, uma antiga fazenda que tem um café colonial maravilhoso. Todos os items são fabricados no local e eles têm receitas próprias. Vc pode experimentar inúmeras geleias, incluindo sabores do cerrado. E depois, já com a barriga cheia, pode deitar nas redes no local. É possível fazer tb arvorismo lá. Interessante também que eles têm muita experiência e tem boas recomendações acerca de plantio de frutíferas no cerrado.

Eu não seu onde eu enfiei as fotos de Pirenópolis, mas assim que eu encontrar eu posto aqui.

Barbada: esticar as pernas no mezanino da cachoeira do Rosário para curtir o pôr-do-sol.

Roubada: ir à Piri e deixar de conhecer suas lindas cachoeiras. 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O RETORNO A BUENOS AIRES

Depois de um longo inverno, vou completar o relato sobre a viagem para a Argentina. Na volta de Bariloche, resolvemos retornar à Calle Florida para completar algumas compras e à noite fomos a um restaurante de massas, onde talvez tenhamos tomado o melhor vinho da viagem. O objetivo era ir a alguma milonga, que corresponde a uma noitada de tango, onde todos podem dançar, pois não queríamos ir a um daqueles shows de tango que são o similar argentino do Plataforma. Porém, o cansaço acumulado e o vinho na cabeça impediram esses planos :).
No dia seguinte, fomos visitar a Recoleta, o bairro da classe rica de Buenos Aires. Se trata de um lugar muito belo, arborizado, com construções antigas e parques imensos. Primeiramente fomos visitar a imensa flor de metal chamada de Floralis generica por seu criador. É uma escultura ativa, pois se abre com a claridade e se fecha quando o sol se põe, graças a um sistema de captação de luz solar. Depois, demos uma passadinha rápida na feira da Recoleta e nos encaminhamos para o cemitério. Pode parecer estranho gastar o seu tempo de viagem indo a um cemitério, mas esse, a exemplo do Campo Santo de Yungay no Peru, é um lugar especial, que merece uma visita atenta. O principal ponto de interesse é o túmulo de Evita Perón, mas o lugar todo é bonito, cheio de construções suntuosas. Não pensem que há algum destaque para o túmulo de Evita, é bom olhasr no mapa e se informar direitinho para não se perder. Saímos de lá e andamos então pelas ruas do bairro até chegar no MALBA, o museu de arte latinoamericana. O lugar é muito imponente, uma construção moderna, com um acervo de tirar o chapéu. É muito interessante ir a um museu com foco, pois ele pode se aprofundar no tema. É o caso desse museu instigante, que possui inclusive várias obras brasileiras. É realmente uma grande barbada.




Tenho certeza que não conseguimos cobrir tudo de interessante que existe numa cidade tão grande e plural como Buenos Aires. Não é uma cidade para se conhecer em uma viagem de 4 dias, mas com certeza em outras idas à Argentina, para conhecer outros picos (a Patagônia me espera) eu gastarei um tempinho lá curtindo essa cidade charmosa, seus bares, restaurantes, noitadas e compras. Da próxima vez vou querer ver mais tango para exercitar minha faceta de turistão.

Barbada: visitar o MALBA.

No próximo texto vamos voltar à sequência sobre o Planalto Central, falando sobre Pirenópolis.

sábado, 1 de maio de 2010

BARILOCHE




É engraçado porque, como se trata de uma viagem manjada no Brasil, as pessoas não se empolgam quando vc conta. Porém, eu imagino que muitas pessoas não aproveitam intensamente o local. Ainda mais porque a maioria vai no inverno, quando é muito bom para esquiar, mas muito ruim para outras coisas, por causa do frio. Como esquiar não me dá nenhum tesão, resolvemos ir no outono, fora de temporada. Além disso, como vcs podem ver, foi uma viagem altamente gastronômica.
O hotel em que ficamos se chama Hosteria Tirol, um hotel de gestão familiar muito bom pelo preço, altamente recomendável. O nosso quarto era muito confortável e tinha vista para o lago.


Dia 3: chegamos a Bariloche no início da tarde. Estava uma ventania gelada infernal, o que nos impediu de visitar os teleféricos e os passeios de van já estavam lotados, por isso passeamos pela cidade, compramos alguns casacos mais fortes e visitamos a Catedral. A cidade está instalada às margens do Lago Nahuel Huapi, um mega lago que é o maior da região, dentre muitos outros que existem por lá. À noite, fomos comer fondue de queijo. Uma observação sobre as bebidas: é estranho pq em todos os lugares o refrigerante e a água mineral são caríssimos e os vinhos são bons e extremamente baratos, logo a consequência: o alcoolismo :). Todo santo dia bebendo vinho à noite – que sacrifício...


Dia 4: Fizemos o passeio ao Cerro Tronador, um glaciar , ou seja, um local onde há gelo e neve eterna, passando por alguns lagos no caminho, sendo principal o Lago Mascardi e pela Cascada Los Alerces. O seu degelo rola pela encosta do morro, fazendo estrondos e formando uma espécie de geleira misturada com terra, que é chamada de Ventisquero Negro. Fizemos o almoço em Pampa Linda, de onde se parte para o Paso de Las Nubes, uma trilha de 2 dias nos Andes, que estava interditada devido às chuvas prévias. Um dia, a intenção é de fazer essa bela trilha para observação de glaciares. À noite, fomos comer um cordeiro assado no Boliche de Alberto, um restaurante muito recomendável.




Dia 5: Na minha opinião, fazer um passeio de barco em Bariloche é indispensável, mas infelizmente as pessoas que vão para esquiar não conseguem fazê-lo,m por causa do frio. Escolhemos então o passeio para Isla Victoria. O passeio é muito interessante, pois é acompanhado o tempo inteiro por gaivotas que estão atrás dos biscoitos que as pessoas dão. Não sei exatamente se isso faz mal pra gaivota, é uma coisa a se pesquisar, o que eu sei é que realmente é muito bonito fotografar isso. O passeio culmina num bosque de Arrayanes, que são árvores cor de canela raras que só ocorrem em grande quantidade lá. À noite, fomos a um restaurante de inspiração suiça chamado Família Weiss, o melhor que conhecemos lá, para comer uma truta, junto com nosso novo amigo, um indiano que haviamos conhecido em Buenos Aires, de nome impronunciável, em sânscrito.




Dia 6: Nesse dia, fizemos um dos passeios mais bonitos dessa viagem, a ruta de los siete lagos, uma viagem até San Martin de Los Andes passando por 7 lindos lagos. Um passeio longo, mas que vale a pena pelas paisagens multicoloridas, em verde, amarelo e vermelho nas árvores, como consequência do outono. Ao chegar a San Martin, nos regozijamos com a vista do Lago Lácar, em cujas margens se encontra a cidade. O local é lindíssimo, uma cidade toda construída em arquitetura de montanha, que mereceria uma visita mais prolongada. Mas como ainda tínhamos chão para voltar, ficamos lá por 2 horas e regressamos por Confluência, através da estepe patagônica, passando por montanhas e rios. Enfim, o passeio é um resumo da patagônia. À noite, retornamos ao Família Weiss para comer uns belisquetes.



Dia 7: Nesse dia completamos a tríade montanha-barco-van indo ao teleférico do Cerro catedral e do Cerro Otto. Nós tivemos muita sorte, porque nessa época não neva, mas nevou nas montanhas 1 dia antes de chegarmos, por isso pudemos ver e até brincar com a neve no alto do morro, que tem uma vista estupenda da região. A Jaque adorou me tacar bolas de neve, mas depois de um tempo ficamos cansados e molhados. Sorte que não estava tão frio, por causa do sol.
No cerro Otto, almoçamos na confeitaria giratória um sanduíche de bife a milanesa imenso, por isso não conseguimos jantar. Eu nunca tinha visto um local que tivesse vista 360 graus, em que ninguém pudesse reclamar do seu lugar, pois a paisagem está sempre mudando, muito interessante.



Dia 8: depois de tantos passeios e vinhos, achamos melhor só descansar e comprar uns chocolates. À tarde, viajamos de volta para BA, após uma 3a remarcação da famigerada Aerolineas Argentinas. Essa companhia consegue ser pior do que as nossas, horrorosa e cara. A pior coisa na argentina são as companhias aéreas.


No próximo texto eu vou completar a viagem, com os últimos momentos em BA.